terça-feira, 28 de abril de 2009

La Influenza Misteriosa

Em tempos de gripe suína (ou gripe mexicana), uma mensagem para nossa reflexão...

É uma típica tarde de sexta-feira e você está dirigindo em direção à sua casa. Você sintoniza o rádio: o noticiário está falando de coisas de pouca importância, numa cidade no México morreram três pessoas de uma gripe até então, totalmente desconhecida. Você não presta muita atenção ao tal acontecimento.

Na segunda-feira quando você acorda, escuta que já não são três, mas 30 mil, o número de pessoas mortas pela tal gripe, no México, nos Estados Unidos e em alguns países Europeus e Asiáticos. A ONU e a Organização Mundial da Saúde investigam intensivamente o caso.

Na terça-feira, já é a noticia mais importante, ocupando a primeira página de todos os jornais, porque agora a gripe parece espalhada nos quatro cantos do mundo. Vários países em extremos diferentes já informam registros da doença.

Estão chamando a doença de "La Influenza Misteriosa" e todos se perguntam: que faremos para controlá-la?

Então, uma noticia surpreende a todos: o Brasil fecha suas fronteiras e não recebe mais voos do México nem de outros países que tenham registros de incidência da tal doença.

Pelo fechamento das fronteiras, você se liga em todos os meios de comunicação, para manter-te informado da situação e de repente ouve que uma mulher declarou que num dos hospitais do Brasil, um homem está morrendo pela tal "Influenza Misteriosa". Começa o pânico no Brasil.

As informações dizem que quando se contrai o vírus, é questão de uma semana e nem se percebe. Em seguida, se tem quatro dias de sintomas horríveis e a morte.

No dia seguinte, as pessoas começam a se reunirem nas igrejas em oração pela descoberta da cura, quando de repente, entra alguém na igreja aos gritos:
— Liguem o rádio! Liguem o rádio! Duas mulheres morreram em Recife!!!
Em questão de horas, parece que a coisa invadiu o mundo inteiro. Os cientistas continuam trabalhando na descoberta de um antídoto, mas nada funciona.

De repente, vem a noticia esperada: conseguiram decifrar o código de DNA do vírus. É possível fabricar o antídoto! Para isso, é preciso conseguir sangue de alguém que não tenha sido infectado pelo vírus. Corre por todo o mundo a noticia de que as pessoas devem ir aos hospitais fazer análise de seu sangue e doar para a fabricação do antídoto.

Você, acompanhado por toda a sua família, vai voluntariamente, juntamente com alguns vizinhos, perguntando-se, o que acontecerá. Será este o final do mundo?

De repente, o médico sai gritando um nome que leu em seu caderno. O menor dos teus filhos está do teu lado, se agarra na tua jaqueta e te diz:
— Pai? Esse é meu nome!
E antes que você possa reagir, estão levando teu filho e você grita:
— Esperem!
Ao que eles respondem:
— Tudo está bem! O sangue dele está limpo, é sangue puro. Achamos que ele tem o sangue que precisamos para o antídoto.

Depois de cinco longos minutos, saem os médicos chorando e rindo ao mesmo tempo. É a primeira vez que você vê alguém rindo em uma semana. O médico mais velho se aproxima de ti e diz:
— Obrigado senhor! O sangue de seu filho é perfeito, está limpo e puro, o antídoto finalmente poderá ser fabricado.

A noticia se espalha por todos os lados. As pessoas estão orando e rindo de felicidade. Nisso, o médico se aproxima de ti e da tua esposa e diz:
— Podemos falar um momento? Não sabíamos que o doador seria uma criança e precisamos que o senhor assine uma autorização para usarmos o sangue de seu filho.
Quando está lendo, você percebe que não colocaram a quantidade de sangue que vão usar e pergunta:
— Qual a quantidade de sangue que vão usar?
O sorriso do médico desaparece e ele responde:
— Não pensávamos que fosse uma criança. Não estávamos preparados, precisamos de todo o sangue de seu filho.
Você não acredita no que houve e contesta:
— Mas... mas...
O médico insiste:
— O senhor não compreende? Estamos falando da cura para o mundo inteiro!!! Por favor, assine! Nós precisamos de todo o sangue.
Você então pergunta:
— Mas não podem lhe fazer uma transfusão?
E vem a resposta:
— Se tivéssemos sangue puro, poderíamos. Assine. Por favor, assine!
Em silêncio, e sem ao menos poder sentir a caneta na mão, você assina.
Perguntam:
— Você quer ver seu filho?

Você caminha na direção da sala de emergência onde se encontra teu filho sentado na cama dizendo:
— Papai!? Mamãe!? O que está acontecendo?
Você segura a mão dele e diz:
— Filho, sua mãe e eu lhe amamos muito e jamais permitiríamos que te acontecesse algo que não fosse necessário, entende?

O médico regressa e te diz:
— Sinto muito senhor, precisamos começar, gente do mundo inteiro está morrendo, podes sair? Podes dar as costas ao teu filho e deixá-lo aqui?
Enquanto teu filho diz:
— Papai? Mamãe? Por que vocês estão me abandonando?

E na semana seguinte, quando fazem uma cerimônia para honrar o teu filho, algumas pessoas ficam em casa dormindo, outras não vêm, porque preferem fazer um passeio ou assistir um jogo de futebol na televisão e outras vêm com um sorriso falso, como se realmente não estão se importando.

Você tem vontade de parar e gritar:
— Meu Filho morreu morreu por vocês!!! Não se importam com isso?

Talvez seja isso o que Deus Pai queira dizer:
— Meu Filho morreu por vocês!!! Não sabem o quanto Vos amo...

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