domingo, 25 de outubro de 2009

O que realmente importa

Eu tenho 34 anos de idade. Quando eu era criança, dizia-se que alguém que tinha esta idade estava na meia-idade. Bom, agora entendo o porquê. Acredito que tenha razão de ser quanto a realização da vida. É a hora da grande virada! A hora em que você começa a se deter àquilo que realmente importa.
Outro dia eu via uma pesquisa em que pessoas com idade bem mais avançada diziam que o que mais causava revolta nelas quanto aos jovens era a forma como eles desperdiçavam o tempo. Eu começo a entender isso. Olho pra trás e me dou conta do quanto certas coisas me irritavam e hoje simplesmente são irrelevantes.
É verdade. Eu saía do sério por coisa sem importância. Ficava transtornado por coisas irrelevantes. Isso me faz crer que quanto mais jovens somos, menos transcendência há em nossos atos. Por fim, acho que é por isso que os jovens são tão tachados de irresponsáveis. Pela falta de transcendência, pelo demasiado foco no curto prazo. Não é culpa deles, faz parte da vida.

A minha vida hoje é muito diferente daquilo que eu imaginava que seria quando adolescente. Mesmo assim, como se diz na música, it's my life!, é pra isso que eu vim. É tudo mais difícil, mas cheguei até aqui e me dou por satisfeito por tudo o que pude conquistar ao longo dos anos, mas também a cada novo dia. E no mais, naquilo que não veio, quer saber... perdeu o valor. Não me importa! Porque eu tenho tudo o que preciso pra ser feliz, e cada dia minha felicidade é ainda maior por cada nova conquista, não só as grandes, mas também as pequenas. É disso que a vida é feita.

Estudando administração, pus numa das minhas biografias como citação de abertura a frase “os relacionamentos são os únicos bens verdadeiros das empresas”, de Ian Gorgon. Mas a grande lição é que isso é tudo o que levamos desta vida. Os relacionamentos. Ser você mesmo, ser verdadeiro e generoso, não só com os pais e com os seus chefes no trabalho, mas também com os desconhecidos e os serventes. É incrível como o mundo se torna melhor quando nós damos nossa contribuição através de uma humanidade mais sensível e comprometida. Tudo começa ao nosso redor, depois a gente não sabe onde vai parar...

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