quinta-feira, 1 de abril de 2010

O buquê de noiva - cultura do século 17

Não conheço a origem e não foi possível verificar, entretanto se alguém inventou de fato toda esta história merece um prêmio por sua criatividade!
Um pouco de cultura do século 17.

Le chambre du roi (O quarto do rei) não tinha banheiro. Não havia banheiros, escova de dentes, perfumes, desodorantes ou papel higiênico. O excremento humano era despejado pelas janelas do palácio.

Mesmo no inverno, as pessoas eram abanadas para espantar o mau cheiro que exalava delas, pois não se tomava banho devido ao frio. O primeiro banho do ano era tomado no mês de Maio. Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem troca de água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade. Seguindo o mesmo critério, chegava a vez das mulheres. Por fim, era a vez das crianças. Quando chegava a vez dos bebês, a água já estava tão suja que era possível “perder” um bebê lá dentro. Por isso existe uma expressão que em português significa "Não jogue o bebê fora junto com a água do banho" (don´t throw the baby out with the bath water”.


A maioria dos casamentos acontecia nos meses de Maio e Junho porque o mal cheiro das pessoas ainda era suportável. Mas, para esconder o odor, as noivas carregavam buquês de flores junto ao corpo, tentando disfarçar o repulsa que vinha das partes íntimas. Esta é a origem do mês de Maio como Mês das Noivas e a razão pela qual até hoje as noivas levam um buquê ao altar. Nestes dias de festas, a cozinha do palácio conseguia preparar um banquete para 1500 pessoas sem água encanada e sem a mínima condição de higiene.

Nas salas, com telhados sem forro, as vigas de madeira que os sustentavam eram o melhor lugar para os cães, gatos, ratos e insetos se aquecerem. Quando chovia, as goteiras forçavam os animais a pularem para o chão e assim surgiu a expressão “it´s raining cats and dogs” (que em português significa “está chovendo canivete”).

A nobreza e os ricos utilizavam pratos de estanho, e certos tipos de alimentos oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse envenenada. Também usavam copos de estanho para cerveja ou uísque e essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo “no chão”, numa espécie de narcolepsia induzida pela mistura de bebida alcoólica com óxido de estanho.

Pensando que estivesse morto, os convivas preparavam o enterro. O corpo era colocado na mesa da cozinha e, por alguns dias, a família ficava em volta dele, comendo e bebendo, enquanto esperavam para ver se acordava ou não. Daí surgiu o velório, que é a vigília junto ao caixão. Em alguns lugares, até hoje, se "bebe" o morto.

Naquela época, na Inglaterra, com território pequeno, onde nem sempre havia espaço para se enterrar os mortos, os caixões eram abertos, retirados os ossos, colocados em ossários, e o túmulo usado para outro cadáver. Mas às vezes, ao abrirem os caixões, percebiam que havia arranhões na tampa, pelo lado de dentro, o que indicava que aquele morto havia sido enterrado vivo.

Assim surgiu a ideia de, ao se fechar o caixão, amarrar uma tira de pano no pulso do defunto, passá-la por um buraco feito no caixão e amarrá-la a um sino. Após o enterro alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante alguns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar e ele seria “saved by de bell” (salvo pelo gongo). Outra expressão que utilizamos até os dias de hoje.

Acabou-se a hitória, morreu Vitória.
Autor desconhecido.
Colaborou: Lêda Gonçalves

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