Eu descobri que carisma não mede o valor de uma pessoa. Pessoas simpáticas e educadas também podem ser fracas e sem caráter. O valor dos amigos é medido no fogo. Quando estão do seu lado, sem pedir justificativas. Mesmo no silêncio.
Eu descobri que a gente se decepciona com muitas pessoas. E a gente também decepciona muitas delas. Mas as pessoas são livres para amar quem queiram e como queiram, e não há nada que se possa fazer a respeito. Por isso, é preciso respeitar as idéias e admirar sua coerência de vida. E ter dó dos covardes e falsos. Porque independentemente das bandeiras que ergam, nunca serão dignos de sua confiança e amizade.
Eu descobri que perdão não tem a ver com mérito. É preciso perdoar as pessoas mesmo que você julgue que elas não merecem. Perdão tem a ver com redenção própria, com paz de espírito, com sua qualidade de vida. Perdõe, mas não ofereça a outra face a quem não te convence.
Eu descobri que quem conta uma história conta sempre uma versão. E que infelizmente a primeira versão quase sempre é tida como verdadeira. Se a versão te ofende, você tem duas opções: se defender ou calar. Se o amigo for verdadeiro, nada precisará ser dito. Mas se você quiser honrá-lo, ele escutará de bom grado. Se o amigo for covarde e falso, as palavras serão necessárias. Ele as escutará, mas como juiz que toma um testemunho e depois poderá usar suas palavras contra você. Melhor, então, calar.
Eu tenho amigos. Agora, aos 33 anos, eu sei que tenho amigos. Muito menos do pensava ter dez anos atrás. O número deles é bem menor do que eu imaginava. Muito menor. Mas já foram provados pelo fogo e, de certa forma, comigo se queimaram... pra renascer purificados.
Não há mais o que dizer.
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