sábado, 16 de agosto de 2008

Riscos e possibilidades...

Outro dia uma pessoa me disse que a gente tem que saber viver com os riscos. Que não temos como nos prevenir de tudo, que o caos está ao nosso redor. Como exemplo, citou o céu aberto, um imenso céu aberto, aberto a todos os tipos de possibilidades.


Eu pensei comigo a respeito da fé. Pensei que poderia cair um cometa na face da Terra e destruir tudo. Pelo menos cientificamente, é uma possibilidade de que o mundo se acabe assim, mais cedo ou mais tarde. Como é uma possibilidade que o próprio homem destrua tudo, de uma vez só com uma bomba nuclear, ou aos poucos, como vem fazendo, sufocando a natureza.

Minha fé não contempla a possibilidade de que a humanidade se acabe por um acaso. Mas que antes disso, Nosso Senhor Jesus Cristo venha em sua glória, fazer justiça a toda a criação. Virá para apurar o que foi feito a respeito com o legado que deixou, um legado de um amor avassalador.

Mas, voltando a questão da segurança que buscamos em nossas vidas, voltando a questão de saber viver com as possibilidades que temos - da perda de um emprego, de um amor que se acabe, de uma morte súbita ou qualquer outra fatalidade -, ainda vejo sob a ótica da fé. Apesar dos 33 anos, já vi muitas coisas nesta vida, já vivi mais altos e baixos do que acreditaria poder suportar. E, apesar de tudo, hoje vejo-me um homem mais forte, mais maduro, mais realista. Porque vivi tudo e passei por cima de tudo e cheguei até aqui sendo hoje um homem realizado. Graças a Deus não paguei um preço tão alto pra tudo isso, de forma que tudo valeu a pena. Os aprendizados não pararam. E eu voltei ao ponto de partida, ao conhecimento de mim mesmo, e de que a minha felicidade depende muito mais de mim mesmo do que de qualquer outra pessoa. E que, para ter algo a oferecer a quem quer que seja, basta que eu seja pleno de mim mesmo. E daí que hoje a realidade ao meu redor reluz.
"Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça" (Lc 21,18)
Pra concluir, um pequeno vídeo que recebi por email que nos dá a dimensão exata dos nossos problemas diante de toda a criação. Vale a pena assistir a fim de obter a virtude da temperança.



O vídeo é uma colaboração de Marta Gonçalves

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