O primeiro ponto relevante do caso é o fato de que a mídia, depois deste crime, não se cansa de achar outros casos de crimes passionais, isto é, motivados por uma paixão desenfreada. O interesse da mídia pelo fato nos remete ao caso Nardoni, que na época também fez a mídia dar atenção a qualquer caso de violência doméstica. Então, agora, crime passional é a bola da vez.
Crime passional, uma questão de baixa auto-estima. Um problema que, na minha opinião, deveria ser resolvida na família. Se os pais deste hoje criminoso tivessem dado a devida atenção ao filho na sua infância e na adolescência, o estado hoje não teria que colher os corpos das vítimas. De toda forma, isso não tira a responsabilidade do infeliz, pois só ele pode achar o caminho da felicidade, de que tudo o que ele precisa para ser feliz está em si mesmo, e que sua felicidade não pode ser delegada a terceiros.
Outro ponto interessante: esta semana escutei uma crítica sobre o fato da menina ter começado a se envolver com este cara quando ainda tinha 12 anos. Ela tinha 15 no desfecho deste episódio. E a crítica se referia ao fato de ela ter começado a namorar muito cedo. Sim, começou cedo. O que se sugere? Proibir? Na sociedade de hoje, coisas assim só dão errado. Eduquem seus filhos, mostrem as coisas certas... com muito amor e braço forte. Muita verdade e, acima de tudo, exemplo de uma vida respeitosa.
Não se pode negar que a cada dia que passa os adolescentes são mais precoces. Mas não é só uma questão cultural, notamos que a puberdade chega mais cedo. Então, não adianta nadar contra a maré, porque os métodos do passado não funcionarão mais!
A mãe de Eloá demonstra uma tolerância extraordinária pelo assassino de sua filha. Por que será? Hoje a mídia descobriu que o marido dela (pai de Eloá) é procurado pela polícia, acusado de fazer parte de um grupo de extermínio... talvez seja daí tamanha tolerância.
O ponto mais bonito de tudo isso foi a demontração de amizade de Nayara por Eloá. Colocou-se como vítima, dividindo o risco da amiga, para confortá-la, na esperança de ser útil. Quando adolescentes, acreditamos que amizade é tudo, e que não se medem os sacrifícios. Bom quando crescemos com estes conceitos. Fico imaginando que Nayara hoje não se arrepende de ter estado com a amiga, apesar do tiro que levou...
Aparentemente, este caso Eloá traz muito pano pra manga... muitos acontecimentos correlatos. Faça você também seu comentário. Clique em "comentário" abaixo e participe.
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