Não sei se vocês têm a mesma sensação, mas eu percebo que venho usando cada vez menos o email. Antes a gente utilizava ele para enviar mensagens pessoais, como ocorria com as cartas manuais antes. Depois, passamos a utilizar para enviar um número infindável de correntes e mensagens bonitinhas de PowerPoint, e cada vez mais passamos a receber mais spams (emails não solicitados querendo nos vender algo). Enfim, o email ficou muito, mas muito mais impessoal do que quando foi criado.
Não estou me referindo a finalidade profissional. Nas empresas, ele continua sendo extremamente útil, graças ao sistema antispam que existe nas redes corporativas e ao uso responsável por parte dos usuários.
Mas o que vem causando o fim do email?
Além das razões já citadas (excesso de spams, correntes e outras coisas impessoais), boa parte se deve ao advento das redes sociais e novas formas de interação que o ambiente web vem gerando. As pessoas não mandam mais os parabéns para os amigos por email - muitas vezes nem lembravam -, mas fazem isso pelo Orkut, pois não têm como esquecer. E agora, até para marcar encontros é possível utilizar o Orkut (funcionalidade eventos).
Outra forma de interação que tem crescido gira em torno da blogosfera. Através dos blogs as pessoas com interesses comuns vêm interagindo, expondo suas idéias, lendo a opinião de terceiros... é possível seguir um blog, e acessá-lo quando bem entender, sem ficar recebendo avisos por emails. É bem pacífico.
Vejam bem, na minha opinição a crise de emails na realidade é uma crise de informação. Crise de excesso de informação. Antigamente as pessoas tinham dificuldade em conseguir informações. Hoje, elas têm excesso de informação, das mais diversas origens, cada um em sua versão. Então, o tempo que se perdia buscando informações hoje se gasta selecionando. É um trabalho contínuo.
A internet exige poder de síntese. Conheci um executivo, que diz que não lê nem escreve emails que possuam mais do que cinco linhas. Achava um desperdício. Se tem tanto a dizer, use o telefone, dizia Fred Arruda. E é nesta linha que surgiu o Twitter, com a proposta de comunicar em apenas 140 caracteres - e pra que você precisaria de mais?
Muitas empresas já se cadastraram no Twitter. Inclusive com promoções relâmpago. Parece agora ser mais vantajoso seguir empresas pelo Twitter do que cadastrar-se em receber promoções por email.
Bom, este assunto veio à tona pra mim a partir da aula que tive no MBA, cadeira de E-Marketing. Quando o professor falou no fim do email, fiquei curioso, parecia improvável. Mas não foi difícil concordar com ele. Em seguida, o velho(?) Google me ajudou a achar algumas fontes a respeito: [1] [2].
Você está preparado para esta mudança?
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
O fim do email
Postado por
Visionário (Anderson Gonçalves)
às
15:11
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Eh verdade. Tenho notado isso sim. No comeco do internet era uma loucura. A gente queria sugar tudo que via... Mas sabe o que penso? aprendemos a selecionar as mensagens e os amigos. Como se fosse um emprego. Ou seja, no comeco, voce absorve tudo, depois com o tempo vai eliminando as coisas que o fazem perder tempo.
ResponderExcluirPara se viver no internet temos que "put up" com essas correntes, mensagens chatas e repassadores compulsivos. Isso tudo, somado ao nosso trabalho, em vez de nos divertir, cansa! Nao eh assim?
Ainda sinto falta do tempo das cartas, quando se mandava fotografias dentro do envelope (e nao as procuravamos dentro de discos gelados), onde a letra no envelope dizia muito da pessoa.
Mas o bom do internet eh que as noticias sempre saem fresquinhas no email. Antigamente voce recebia uma carta, um amigo relatando um problema. Ao receber a carta, o problema ja estava resolvido (risos). Hoje pelo menos, obtem-se a noticia na hora, e eh possivel trocar ideias, e ate conforta-lo.
Fico pensando o que existirah quando minha filha tiver a minha idade. O email serah um objeto totalmente ultrapassado!
Um beijo!
Mary