sábado, 27 de julho de 2013

A arte de escrever e suas mudanças em vinte e poucos anos

Com menos de 20, eu fiz um curso de datilografia como requisito básico para inserção no mercado de trabalho. Mas eu não tinha uma máquina de escrever só minha.

Poucos anos depois, antes mesmo que me adaptasse às máquinas elétricas, já utilizava o conhecimento do local das letras na digitação em um teclado de computador. O único problema é que tive que me vigiar para não usar a mesma força nos dedos que outrora utilizava no teclado mecânico da máquina de escrever, pois o computador necessitava apenas de um leve toque.


Depois disso, me dei conta da existência dos smartphones, e aí, aquela virtude de utilizar os dez dedos das mãos para digitar se tornou impossível nessa etapa da tecnologia. Ficou, então, apenas o conhecimento de saber onde encontrar cada letra.


A essa altura, me deparei com o fato de que não precisava sequer teclar em botões com letras. Agora, o teclado era a própria tela de vidro, e não era mais necessário teclar letra por letra, mas deslizar os dedos entre as letras e deixar que o próprio aparelho presumisse que palavra eu queria compor. Era a tecnologia swype disponível na plataforma Android (e ainda rejeitada pela Apple).

Tudo isso é história para contar aos filhos (que provavelmente não terão muito interesse em ouvir tudo isso, a não ser que queiram exercitar a imaginação para realidades absurdas do que para eles será do tempo das cavernas). O problema é que tudo isso ocorreu e eu não tenho nem 40. O que virá depois?

Mesmo assim, ainda sinto uma saudade infinita do toque artístico do uso de uma caneta de nanquim... Mas fazer o quê, hoje escrever a mão é o método mais lento de registrar qualquer informação.

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