segunda-feira, 16 de junho de 2008

O poder das palavras

Era uma vez uma corrida de sapinhos. Eles tinham que subir uma grande torre e, atrás havia uma multidão, muita gente que vibrava com eles.
Começou a competição. A multidão dizia:
-- Não vão conseguir, não vão conseguir!

Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que continuava subindo. E a multidão continuava a aclamar:
-- Vocês não vão conseguir, vocês não vão conseguir!

E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranquilo, sem esforços.
Ao final da competição, todos os sapinhos desistiram, menos aquele.

Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, descobriram que ele era surdo.

Quando se quer fazer alguma coisa que precise de coragem não devemos escutar as pessoas que falam: "você não vai conseguir."
Seja surdo aos apelos negativos.
O texto acima é de um autor desconhecido. Mas muito bem inspirado.
A sagrada escritura conta que no início dos tempos, o mundo inteiro falava apenas um idioma, mas como queriam ser como Deus, e construir uma torre que "nem mesmo Deus poderia impedi-los", o mesmo Deus tirou deles este dom, e fez com que já não falassem mais a mesma língua. Assim eles não conseguiriam mais ir tão longe.

Séculos e mais séculos depois, após a ressurreição de Cristo e sua ascensão aos céus, Deus devolveu este dom da comunicação aos seus discípulos para que o dom da comunicação fosse sempre pautado no amor.

Mesmo assim, o que não faltam hoje são os juízos temerários e a maledicência. O mal se utiliza das palavras pra jorrar seu veneno. "O que parece ser errado se torna literalmente errado, e o que parece ser bom não é tão bom assim", quer nos convencer.

Palavras como "você é um irresponsável", "você não serve pra nada", "você é um imprestável", "eu não te amo mais", "eu te odeio", "quero que você morra" quando ouvidas ficam gravadas em nossos corações, criando feridas que nos impedem de alcançar nosso potencial, e não poucas vezes nos convencemos do que escutamos.

Ah!, como seria bom se acreditássemos da mesma forma que as palavras a seguir são verdadeiras e permitíssemos que fossem gravadas também em nossos corações dando-nos o limite de nossas vidas: "eu te amo", "você é o homem/mulher da minha vida", "eu te admiro profundamente", "você me faz feliz", "eu confio em você"...

As palavras são sim muito poderosas, a arma mais potente e impiedosa já utilizada, com um poder devastador. Pode não só matar o corpo, mas também ferir terrivelmente a alma, aos poucos, até que definhe e morra. Ao mesmo tempo, têm poder para libertar e curar o corpo e a alma, como o mais eficaz bálsamo.

O poder que as palavras têm são o poder que conferimos a elas. Não podemos perder o controle sobre isso. Texto, contexto e fatos não podem ser ignorados. Matenha o foco no todo. As premissas são os fatos, e as especulações não são mais do que isto.

Nesta vida eu já aprendi amargamente que a primeira versão costuma ser a mais crível apenas porque foi a primeira versão, mas nem sempre é a mais pura verdade. Aprendi que nem sempre onde há fumaça, há fogo - às vezes, há só maldade. E que boas intenções não são o suficiente para para encontrar a verdade.

Concluo este post com uma frase de Charles Chaplin que ajuda-nos a manter o foco ajustado para que sejamos prudentes em nossas observações:
"A vida é uma tragédia quando vista de perto e uma comédia quando vista de longe".
O que você prefere? Então, ajuste o seu zoom!

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