quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O peso das palavras

Semana passada eu li um texto muito interessante sobre como é visto o nosso falar nas mais diversas culturas. Ontem passei por uma situação em que pude me lembrar dele, e por isso quero compartilhar com vocês.

O homem tem uma inclinação para o mal, todos nós sabemos. O fato é que a gente costuma achar (ou às vezes agimos como se achássemos) que expressões do amor são um sinal de fraqueza, e por isso freiamos nossas línguas nas expressões de amor. Mas no momento da ira a qual todos nós temos direito, liberamos nossas palavras sem restrições. Afinal, teremos todo o tempo do mundo para nos arrependermos pelas palavras ditas ou esperar que elas sejam esquecidas com o tempo, mesmo que firam como navalhas. Mas devemos nos lembrar do que um dia foi escrito por Shakespeare: "Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel".

Ao longo de minha vida, eu gostaria de ter escutado calorosas declarações de afeto e amor da mesma forma forma que pude escutar demonstrações de ira. Não precisava ser mais, bastava ser na mesma intensidade. Já seria bem melhor...

Mas se for pra escolher, que calem as palavras, que voam como o vento, e fiquemos só com os atos. Acho que assim está de bom tamanho.

De toda forma, para todos nós que estamos sujeitos a escutar o que não queremos e o que nunca deveria ser dito, lembremos de que muito valor tem os atos. Não sejamos reféns das palavras. É um exercício duro, mas que precisa ser praticado se quisermos ser felizes.

A tua língua, como vai?
“O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer; O tolo, porque tem que dizer alguma coisa”.
Platão (428-347 a.C.)-Filosofo Grego

São Tiago Apóstolo reconheceu o grande poder destruidor e o perigo de uma língua sem controle. Ele não foi o único. Pessoas de muitas culturas têm aconselhado sobre a necessidade de termos cuidado no que falamos. Os provérbios seguintes expressam este principio muito bem.

Um provérbio brasileiro de grande instrução: “Quem fala muito dá bom dia a cavalo”.

Um provérbio grego de um escritor desconhecido: “A língua não tem ossos, é bem pequena e fraca e, no entanto, pode matar pode quebrantar”.

Um provérbio persa diz com sabedoria: “Língua comprida, morte prematura.” “Não deixe a língua cortar a sua cabeça.”

Um provérbio que os sábios árabes ensinam: O grande armazém da língua é o coração.

Um provérbio que surgiu do entendimento hebreu: Seus pés podem até escorregar, a sua língua jamais!

Um verso das Sagradas Escrituras coroa todos estes pensamentos: “Quem guarda a língua, guarda a sua alma” (Provérbios 21,23). Não é de se admirar que São Tiago comparasse a língua a um pequeno fogo, que pode incendiar uma grande floresta. Ou um pequeno leme, que dirige grandes navios em meio a fortes tempestades (Ler Tg 3,1-10).

A tua língua como vai? Tem proferido bênção ou maldição?
Tem ajudado a ti mesmo e ao próximo?
Será que e bom Deus esta satisfeito com a tua língua?
Quem fala muito cava depressa a sua sepultura.
A língua afiada produz maldições e até leva a perdição eterna.
Educar a língua e uma tarefa para quem tem respeito e temor para com Deus, dignidade própria e caridade com o seu semelhante.
Fique sabendo que a educação da língua leva o ser humano ao sucesso e apreciação dos anjos e a fraternidade universal do gênero humano.
Um excelente conselho para uma vida vitoriosa: “Pratique a arte do silêncio”. “Fale pouco e o pouco com inteligência”.
Vamos pedir com clamor ao divino Espírito Santo a unção abissal para a nossa língua.

“Sábio e quem sabe dizer, e quando não dizer”. Rev. Haddon W. Robinson- Ministro Eclesiástico Americano

E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
Última Alteração: 11:09:00
Fonte: Padre Inácio José do Vale- Pároco de Volta Redonda (RJ)
Local:Volta Redonda (RJ)
Fonte do texto: Portal Catolicanet

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